quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

» Guimarães- Séculos de História





Hoje Guimarães é testemunha dum velho Portugal, que não morrerá nunca!





Este país é filho do tempo, desta terra verde e das gentes que dela brotaram.








G U I M A R Ã E S





Aqui nasceu pequeno, mas pujante

Um reino d' homens feitos de coragem

Ousou, foi aguerrido, triunfante.

A Guimarães se vem, como em romagem,

Lembrar, de tempos idos, um Infante,

Que nunca, a qualquer rei, por humilhante,


Cedeu, nem mesmo à mãe, em vassalagem.


Daqui saiu, num tempo já distante,


Nos rumos do poente e do levante,


Qual génio perseguindo uma miragem.


E o nome - Afonso Henriques - fez gigante


Com feitos duma audácia deslumbrante,


Tornando gigantesca a sua imagem.


Vítor CintraNo Livro: MURMÚRIOS











"...Ser português é também amar esta cidade."



Gentílico -Vimaranense

Área-242,85 km²


População-161 876 hab. (2004)


Densidade populacional-666,56 hab./km²


Número de freguesias-69


Fundação do município(ou foral)- 1096? (Conde D. Henrique)













Código postal - 4800 Guimarães

Sítio oficial -
www.cm-guimaraes.pt



Guimarães é uma cidade portuguesa situada no Distrito de Braga, região Norte e subregião do Ave (uma das subregiões mais industrializadas do país), com uma população de 52 182 habitantes, repartidos por uma malha urbana de 23,5 km², em 20 freguesias e com uma densidade populacional de 2 223,9 hab\km². É sede de um município com 242,85 km² de área e 161 876 habitantes (2004), subdividido em 69 freguesias, sendo que a maioria da população reside na cidade e na sua zona periférica. O município é limitado a norte pelo município de Póvoa de Lanhoso, a leste por Fafe, a sul por Felgueiras, Vizela e Santo Tirso, a oeste por Vila Nova de Famalicão e a noroeste por Braga.
É uma cidade histórica, com um papel crucial na formação de
Portugal, e que conta já com mais de um milénio desde a sua formação, altura em que era designada como Vimaranes
Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas do país, sendo o seu
centro histórico considerado Património Cultural da Humanidade, tornando-a definitivamente um dos maiores centros turísticos da região. As suas ruas, avenidas e monumentos respiram história e encantam quem a visita.
A Guimarães actual soube conciliar, da melhor forma, a história e consequente manutenção do património com o dinamismo e empreendedorismo que caracterizam as cidades modernas.
Guimarães é muitas vezes designada como "Cidade Berço", devido ao facto aí ter sido estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por
D. Henrique e por seu filho D. Afonso Henriques poder ter nascido nesta cidade e fundamentalmente pela importância histórica que a Batalha de São Mamede, travada na periferia da cidade em 24 de Junho de 1128, teve para a formação da nacionalidade. Contudo, as necessidades da Reconquista e de protecção de territórios a sul, levou esse mesmo centro para Coimbra em 1129.
Os "Vimaranenses" são orgulhosamente tratados por "Conquistadores", fruto dessa herança histórica de conquista iniciada precisamente em Guimarães.




História

A cidade está historicamente, associada à fundação da nacionalidade e identidade Portuguesa. Guimarães (entre outras povoações) antecede e prepara a fundação de Portugal, sendo conhecida como "O Berço da Nação Portuguesa". Aqui tiveram lugar em 1128 os principais acontecimentos políticos e militares, que levariam à independência e ao nascimento de uma nova Nação. Por esta razão, está inscrito numa das torres da antiga muralha da cidade “Aqui nasceu Portugal”, referência histórica e cultural de residentes e visitantes nacionais.



Pré e Proto-História


A região em que Guimarães se integra é de povoamento permanente desde pelo menos o
Calcolítico Final nacional, como atestam a presença, no concelho, das citânias de Briteiros e de Sabroso ou a Estação arqueológica da Penha.
A Ara de
Trajano, denuncia a utilização, pelos romanos das águas termais da vila de Caldas das Taipas.

Da fundação de Guimarães à fundação de Portugal


A fundação
medieval da actual cidade tem as suas raízes no remoto século X. Foi nesta altura que a Condessa Mumadona Dias, viúva de Hermenegildo Mendes, mandou construir, na sua propriedade de Vimaranes, um mosteiro dúplice, que se tornou num pólo de atracção e deu origem à fixação de um grupo populacional conhecido como vila baixa. Paralelamente e para defesa do aglomerado, mandou construir um castelo a pouca distância, na colina, criando assim um segundo ponto de fixação na vila alta. A ligar os dois núcleos formou-se a Rua de Santa Maria.
Posteriormente o Mosteiro transformou-se em Real Colegiada e adquiriu grande importância devido aos privilégios e doações que reis e nobres lhe foram concedendo. Tornou-se num afamado Santuário de Peregrinação, e de todo o lado acorriam crentes com preces e promessas.
A outorgação, pelo
Conde D. Henrique, do primeiro foral nacional (considerado por alguns historiadores anterior ao de Constantim de Panóias), em data desconhecida, mas possivelmente em 1096[2], atesta a importância crescente da então vila de Guimarães, escolhida ainda como capital do então Condado Portucalense.
Aqui se daria, a 28 de Junho de 1128, a
Batalha de São Mamede.

Idade média


Como a vila foi-se expandindo e organizando, foi rodeada parcialmente por uma
muralha defensiva no reinado de D. Dinis. Entretanto as ordens mendicantes instalam-se em Guimarães e ajudam a moldar a fisionomia da cidade. Posteriormente, os dois pólos fundem-se num único e após o derrube da muralha que separava os dois núcleos populacionais no reinado de D. João I, a vila intramuros já pouco mudará, embora se expandisse extramuros com a criação de novos arruamentos como a Rua dos Gatos.



Idade moderna e contemporânea

Haverá ainda a construção de algumas igrejas, conventos e palácios, a formação do Largo da Misericórdia (actual Largo João Franco) em finais do
século XVII e inícios do XVIII, mas a sua estrutura não sofrerá grande transformação. Será a partir de finais do século XIX, com as novas ideias urbanísticas de higiene e simetria, que a vila, elevada a cidade, pela Rainha D. Maria II, por decreto de 23 de Junho de 1853, irá sofrer a sua maior mudança.
Será autorizado e fomentado o derrube das muralhas, serão construídos os Largos do Carmo, Alameda de São Dâmaso (hoje Largo de Martins Sarmento) e Condessa do Juncal, haverá a abertura de ruas e grandes avenidas e posteriormente a parquização da Colina da Fundação e a abertura da Alameda de São Dâmaso. No entanto, quase tudo foi feito de um modo controlado, permitindo assim a conservação do seu magnífico Centro Histórico.



Geografia


Orografia e hidrografia


O concelho é delimitado a norte pelos montes da
Falperra e Sameiro e a sul pelo monte da Penha.
A montanha da Penha, com a elevação de 613
metros, apresenta-se como o ponto mais elevado do concelho.
É parte integrante da
bacia hidrográfica do rio Ave, que tem como efluentes o rio Vizela, rio Torto, rio Febras, e dentro da cidade, o rio Selho, rio de Couros e a ribeira de Santa Lúzia.
Os solos têm excelente aptidão agrícola, sendo separados por algumas
zonas florestais, principalmente nas cotas mais altas.


Clima


Devido às condicionantes físicas e por se encontrar afastado do litoral, os Invernos são frios e chuvosos e o verão quente, sendo a
temperatura média anual de 14º.


Fauna

A diversidade de espécies é escassa, em especial nas zonas urbanas. Ainda assim, o concelho apresenta algumas espécies com interesse cinegético como a
Raposa-vermelha, Javali, Rola-comum, Tordo, Pombo ou a Perdiz-vermelha. Existe também o Esquilo.


Flora

Apresenta uma flora algo diversificada.


Demografia

Da população do concelho, em 2001, 68 643 pessoas habitavam nas freguesias que fazem parte da cidade e dessas 52 182 pessoas viviam na aréa urbana da cidade
, e 44221 nas vilas do concelho, sendo previsto que até 2010, o concelho, atinja uma população de 188 178 habitantes.




Qualidade de vida

Em 2004, a rede de abastecimento de
água cobria 89% da população, sendo previsto pela concessionária Vimágua que em finais de 2006 a cobertura atinge-se 95% da população. O abastecimento de água era fornecido na efectividade a cerca de 70% da população.
A cobertura da rede de saneamento básico doméstico pública era, em 2001, de 63,5% da população (previsto pela Vimágua que atinja os 80% em 2006)
, sendo que 47% dos alojamentos familiares se encontravam ligados ao sistema público, enquanto 49% se encontrava ligada a sistemas particulares (principalmente fossas sépticas) e 1,1% não possuía qualquer sistema de esgotos.
O acesso, em 2001, a estações de tratamento de águas residuais era de 67,5%.
Na recolha e tratamento de
resíduos, o acesso da população era de 100%.
Contudo, alguns defendem que a cidade, conjuntamente com outras cidades do Distrito de Braga, têm crescido "desordenadas e inestéticas, sujeitas a políticas de betão promovidas pelas autarquias responsáveis".



Desporto

Guimarães nos últimos anos, assistiu à construção de vários equipamentos desportivos, maioritariamente inseridos na Cidade Desportiva, como o Multiusos de Guimarães,
Piscinas de Guimarães, Pista de atletismo Gémeos Castro (que servem maioritariamente a população da cidade) ou a pista de cicloturismo.
Da Cidade Desportiva, salienta-se a o novo Multiusos de Guimarães, situado na veiga de Creixomil, junto a uma das principais entradas rodoviárias e à circular urbana. Com uma capacidade máxima de 2856 lugares na nave central, já acolheu várias competições de nível internacional.
Relativamente perto do pavilhão multiusos, as Piscinas de Guimarães, são compostas por três piscinas interiores aquecidas, sendo uma delas de 25m e as restantes dedicadas à aprendizagem e bebés e piscinas exteriores. Dispõe ainda, de um ginásio, gabinete de massagens, entre outros serviços.
Mesmo a seu lado encontramos a Pista de
atletismo Gémeos Castro.
A pista de
cicloturismo Guimarães-Fafe, resultado do aproveitamento parcial da desactivada, em 1986, ligação ferroviária a Fafe, fazendo esta a ligação da cidade à cidade e concelho de Fafe, compreendendo uma extensão de 14,1Km,sendo assim um excelente traçado para percursos cicloturísticos ou pedestres, maioritariamente feito pelo meio de montes e campos agrícolas. O primeiro troço abriu em 1996, no concelho de Fafe e tinha a extensão de 6 Km, sendo aberto o troço vimaranense em 1999, formando assim o actual percurso intermunicipal.[12]
Todos estes equipamentos são geridos pela Cooperativa Municipal Tempo Livre, que gere ainda, ao abrigo de um acordo com o Ministério da Educação, seis pavilhões gimnodesportivos inseridos em escolas, quatro deles das vilas de Pevidém, Lordelo, Moreira de Cónegos, Ronfe e os restantes nas freguesias de Creixomil e Urgezes inseridos na malha urbana da cidade.


Estádio do Vitória Sport Clube


O clube mais importante e conhecido do concelho é o Vitória Sport Clube, sedeado na cidade, e embora participe em mais modalidades, é conhecido especialmente pelo futebol, onde esteve 48 épocas consecutivas na primeira divisão portuguesa até a época de 2005/2006, tendo descido assim à Liga de Honra.
Também no futebol sobressai-se o
Moreirense Futebol Clube, da vila de Moreira de Cónegos, que disputou recentemente algumas épocas na primeira divisão portuguesa.
Atlético Clube de Gonça
Atlético Clube de Guimarães
Basket Clube de Guimarães
Brito Sport Clube
Clube Caçadores das Taipas
Desportivo Francisco de Holanda
Grupo Desportivo Recreativo Cultural Os Sandinenses
Grupo Desportivo Recreativo "Os Amigos de Urgeses"
Grupo Desportivo União Torcatense


Comunicação social


Guimarães foi a quarta cidade dos país a dispor de jornais , com o "Azemel Vimaranense".


Imprensa escrita


O Comércio de Guimarães
Jornal O Conquistador
Desportivo de Guimarães
O Expresso do Ave
Notícias de Guimarães
O Povo de Guimarães
Jornal do Adepto
Reflexo – O Espelho das Taipas
Sport Jornal dos Desportos





Rádios
A
Rádio Fundação emite em 95.8 Fm.
A
Rádio Santiago emite em 98.0 Fm.


Economia


Tem uma intensa actividade económica, especialmente nas seguintes actividades: fiação e tecelagem de algodão e linho, cutelaria, curtumes, quinquilharia e artesanato (ourivesaria, faianças e bordados).
Encontra-se em construção desde Junho de 2006, entre a vila das Caldas das Taipas e a freguesia de Barco, do
Avepark (pólo do Ave do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto) onde em parceria com a Universidade do Minho, se prevê também a instalação, no âmbito de uma candidatura efectuada à União Europeia, do primeiro Centro Europeu de Excelência em território nacional (o Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa), tendo sido defendido, por algumas figuras concelhias, para aí se instalar o Instituto Ibérico de Investigação e Desenvolvimento, pois no primeiro Memorando de Entendimento, entre o governo português e espanhol, oficialmente ter apenas sido definido a sua localização em território português, sendo que a decisão oficial final foi divulgada no dia 17 de Novembro de 2006, num protocolo assinado entre o Governo Português e Câmara Municipal de Braga para a instalação definitiva deste instituto na cidade de Braga, nos actuais terrenos da Bracalândia, junto ao Campus de Gualtar da Universidade do Minho.

Sector primário


No
sector primário, o solo é maioritariamente ocupado por culturas forrageiras e prados temporários, seguido de culturas cerealíferas e vinha. Ao contrário da região do Ave, onde as pastagens e prados permanentes ocupam 3 529 hectares, no concelho apenas 54 hectares são ocupados dessa mesma forma.



Sector secundário

Concelho integrado no vale do Ave, zona que se caracteriza historicamente pela sua forte industrialização, nomeadamente na indústria transformadora e no sector têxtil.



Sector terciário

A maioria de serviços concentra-se na cidade e vilas.


Transportes e comunicações

O concelho de Guimarães, a nível de
transporte ferroviário, é servido pela Linha de Guimarães, cuja renovação recente passou pela renovação de estações e apeadeiros, electrificação da linha e seu alargamento para bitola larga, tendo uma cobertura de 5,9% das freguesias e 12,7% da população, sendo a distância média das freguesias não servidas por este transporte, de 5,8 km.
É servida por uma
rede viária, em que se pode salientar as auto-estradas A7 (Póvoa de Varzim - A24 Vila Pouca de Aguiar) e A11 (Esposende- A4 Castelões (Penafiel), permitindo assim a chegar à cidade do Porto, afastada 55,9 km em 43 minutos, e à cidade de Lisboa, à distância de 352,8 km, em 03h41m e em 20 minutos à cidade de Braga, permitindo assim a sua plena integração nos circuitos económicos nacionais e europeus. Importa ainda referir ser o concelho servido pelas estradas nacionais 101, 105, 106 e 206.
A rede de autocarros públicos, é actualmente concessionada aos
TUG, cobrindo 97,1% das freguesias correspondente a 98% da população, cobrindo as praças de táxis 63,2% das freguesias ou 82,3% da população.
Em Setembro de 2005 passavam diariamente, pela cidade, cerca de 120 000 viaturas.






Educação

A taxa de analfabetismo era, em 2001, de 7,4%, abaixo da média nacional e do Norte do país que eram de 8,9% e 8,3%, respectivamente.





Ensino superior


Os planos originais, para a criação da Universidade do Minho, apontavam para a instalação de um campus único na vila de Caldas das Taipas contudo razões políticas levaram à divisão da universidade entre as cidades de Braga e Guimarães.
Guimarães recebeu na época lectiva de 1977-78, no Palácio de Vila Flor (actual centro cultural), parte dos cursos da então recém criada Universidade do Minho. As instalações definitivas da Escola de Engenharia foram inauguradas em 1989 no actual Campus de Azurém, onde hoje em dia se lecciona os cursos de arquitectura, geografia e a maioria dos cursos de engenharia.
Possui ainda uma extensão da
Escola Superior Artística do Porto, instituição pertencente ao Ensino Politécnico, vocacionada para a formação académica na área das artes. Aqui iniciou a sua actividade no ano lectivo de 1983-84, designada então como Cooperativa de Ensino Superior Artístico Árvore, na sede da Associação Cultural e Recreativa Convívio, no âmbito de um protocolo entre estas duas instituições. Transferiu-se para o actual edifício no ano lectivo seguinte´.


Património

A cidade de Guimarães inclui o sítio Centro Histórico de Guimarães, Património Mundial da UNESCO.

Ver artigo principal: Lista de património edificado em Guimarães.
O papel de Guimarães desempenhado na formação da nacionalidade portuguesa confere-lhe uma singularidade, muito marcada no contexto turístico nacional, um estatuto simbólico que mantém desde há séculos. Primeira
capital do Condado Portucalense e do país é uma das mais importantes memórias vivas, da afirmação e independência de Portugal. Este facto, aliado à classificação do Centro Histórico de Guimarães como Património Cultural da Humanidade em 2001, desempenha um papel fundamental na diferenciação de Guimarães como atracção turística no contexto dos circuitos de turismo cultural no Noroeste Peninsular.
Podemos salientar os seguintes locais como de interesse particular:


Arquitectura religiosa


A
Capela de São Miguel do Castelo é uma capela românica, construída no século XIII, onde segundo a lenda terá sido baptizado D. Afonso Henriques.
Capelas dos Passos da Paixão de Cristo
Convento de Santa Clara (actual Câmara Municipal de Guimarães)
A
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, cujo actual edifício D. João I mandou construir em finais do século XIV, como paga pela sua vitória na Batalha de Aljubarrota tem uma importância acrescida para os Vimaranenses, já que esta é a santa padroeira da cidade.
Igreja da Misericórdia
Igreja de São Pedro
Igreja de São Domingos
Igreja e Convento das Domínicas
O
Convento de São Francisco construído no início do século XV, foi alterada no século XVII. Apenas o portal e a cabeceira conservam o seu carácter gótico primitivo. Na capela-mor tem ainda interessantes retábulos de talha dourada e azulejos historiados do início do século XVIII, retornando cenas da vida de Santo António.
Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos (conhecida vulgarmente por Igreja de São Gualter);
Na descida da penha, inserida num percurso de montanha, encontra-se o
Convento de Santa Marinha da Costa, convertida em Pousada, por projecto de Fernando Távora.
Igreja de Serzedelo (Monumento Nacional)





Arquitectura civil


Vista do Toural
A cidade de Guimarães apresenta uma riquíssima variedade na sua arquitectura civil, nela sobressaindo-se o
Paço dos Duques de Bragança, construído no século XV por D. Afonso, 1.º duque de Bragança, e que devido ao seu posterior abandono seria reconstruído na década de 1930.
A
Rua de Santa Maria, de origem medieval, era zona privilegiada da elite vimaranense, ligando antigamente a Zona do Castelo à Colegiada de Guimarães na praça da Oliveira, mas actualmente começa no Largo do Carmo, onde despontam a casa onde morreu Francisco Martins Sarmento, a Igreja do Carmo e o seu chafariz central.
Descendo essa rua acedemos à zona central da zona histórica onde se encontram a
Praça de Santiago, ladeada de casas antigas, de sacadas rematadas pelo tradicional alpendre, guardando um cunho medieval acentuado e a Praça da Oliveira, onde pode-se admirar a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira e o Padrão do Salado. Estas duas praças são conhecidas localmente por serem o centro da movida vimaranense, devido à concentração de bares que se estende pelas praças e arruamentos periféricos. Como elemento de ligação, existem os Antigos Paços do Concelho, onde se localiza o actual Museu de Arte Primitiva Moderna.
A
Casa da Rua Nova, situada na actual Rua de Egas Moniz, que alberga actualmente o Gabinete Técnico Local.
Na
Casa dos Lobos Machado, situa-se a Associação Comercial e Industrial de Guimarães.
O
Largo do Toural (conhecido como a "sala de visitas" da cidade e assim chamado por ter sido inicialmente construído como uma feira de venda de gado), é actualmente com o conjunto das praças da Oliveira e de Santiago, considerado popularmente como o centro da cidade. É ladeado de casas antigas com telhados de águas furtadas, janelas enormes que ocupam toda a fachada e belas grades de ferro forjado.
A
Rua D. João I, antiga Rua dos Gatos, foi uma das primeiras ruas a existir fora do perímetro amuralhado e servia de ligação à antiga estrada para o Porto.
Praça de Santiago - vista em direcção à praça da Oliveira, para lá dos arcos sob o museu de Arte Primitiva Moderna
O
Palácio Vila Flôr, até finais do século XIX, situado até princípios do século XX nos arrabaldes da cidade, foi onde primeiramente se situou a Universidade do Minho e onde actualmente se situa o Centro Cultural Vila Flor.
O
Parque da Cidade, é o maior espaço verde da cidade.
Fora da área urbana pode-se encontrar o
Campo da Ataca, onde se terá iniciado a Batalha de São Mamede. Sobranceira à cidade, o monte da Penha é um aprazível sítio de onde se pode desfrutar de uma panorâmica do concelho e concelhos envolventes. Merece aí destaque a igreja projectada por José Marques da Silva ou estátua de Pio IX, situada no ponto mais alto do concelho. Gravado numa rocha, observa-se um baixo-relevo dos aviadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Deva-se ainda referir o busto sobre pedestal de José de Pina e a imagem de São Cristóvão, enquadrada no alto de um rochedo.

Arquitectura militar


O
Castelo de Guimarães foi mandado construir no século X pela Condessa Mumadona para defender a população dos ataques dos muçulmanos, tendo ainda sido construído posteriormente às Muralhas de Guimarães.
[editar] Arqueologia
A
Citânia de Briteiros, classificada como Monumento Nacional desde 1910 é um dos monumentos nacionais mais importantes da cultura castreja, sendo escavada, desde finais do século XIX, pelo arqueólogo Francisco Martins Sarmento, até à actualidade, sendo a sua preservação assim como da Citânia de Sabroso, responsabilidade da Sociedade Martins Sarmento.
A
Estação arqueológica da Penha, situada no Penha próximo à cidade, compreende vestígios de um povoado permanente inserido cronologicamente entre o Calcolítico Final e o Bronze InicialA Ara de Trajano, localizada na vila de Caldas das Taipas é uma lápide de tipo invocativo, dedicada a Trajano.[
De se referir ainda a presença, dispersa pelo concelho, de vários castros e vestígios arqueológicos menores.





Estátuas esculturas e monumentos comemorativos

D. Afonso Henriques por Cutileiro
A
estátua de D. Afonso Henriques, na actualidade, inserida no acesso principal ao Paço dos Duques de Bragança, é uma obra de Soares dos Reis (estátua) e José António Gaspar (pedestal). A ideia da sua costrução partiu de um grupo de portugueses, residentes no Rio de Janeiro, sendo feita a angariação dos fundos necessários nas duas cidades. Foi inaugurada a 20 de Setembro de 1887, no actual Largo de São Francisco. Teve duas trasladações, a primeira para o Toural e a segunda, em 1940, para a sua actual localização.
A
escultura de D. Afonso Henriques, situada no largo João Franco e da autoria de João Cutileiro, foi inaugurada a 24 de Junho de 2001 e segundo o seu autor a inspiração veio dos livros de instrução primária da década de 1940, em que D. Afonso Henriques era representado com um montante.
Mumadona Dias por Álvaro Brée
Mumadona Dias, fundadora da cidade, tem uma estátua em sua homenagem na praça homónima. Localiza-se no espaço onde foram demolidos os inacabado futuros Paços do Concelho. Foi oferecida por António de Oliveira Salazar e a sua autoria é de Álvaro Brée. Foi inaugurada, conjuntamente com a praça e o actual tribunal, em Junho de 1960, pelo então Presidente da República, Almirante Américo Tomaz. Foi recentemente mudada de posição.
Martins Sarmento
Centenário da elevação de Guimarães a cidade
Abel Salazar
Conde de Arnoso
Alberto Sampaio
Gravador Molarinho





Cultura


A
7 de Outubro de 2006, a ministra da Cultura Isabel Pires de Lima anunciou que Guimarães será a Capital Europeia da Cultura em 2012, juntamente com uma cidade ou mais cidades eslovenas.





Tradições e festividades citadinas


A cidade tem duas tradições que importa referir: as Nicolinas e as Festas Gualterianas.





Gualterianas

Ver artigo principal: Festas Gualterianas.
As Festas Gualterianas decorrem no mês de Agosto em honra de
São Gualter. Realizam-se sempre no primeiro fim-de-semana de Agosto. Nos últimos anos, a Câmara Municipal tem assumido a organização das festividades através de uma comissão presidida pelos vereadores da Cultura e outras instituições, nomeadamente a Associação Comercial e Industrial de Guimarães e a Associação Recreativa da Marcha Gualteriana. Estas festas são marcadas pelo Cortejo do Linho e pela Batalha das Flores. Por fim, como é tradição, a Marcha Gualteriana encerra as festas.





Nicolinas

Ver artigo principal: Nicolinas.
As Nicolinas são Festas de Estudantes de Guimarães, celebradas em honra de
São Nicolau de Mira, acompanhadas de um característico som de fundo: o troar dos bombos e caixas, executando os característicos "Toques Nicolinos". Iniciam-se a 29 de Novembro e terminam a 7 de Dezembro. As festas são compostas por vários números: o Pinheiro, Macãzinhas, Pregão, Posses, Roubalheira, Danças e Comédia, Baile de Saudade, Ceia Nicolina, etc...
Nos últimos tempos tem vindo a ser defendida a
candidatura das Festas Nicolinas a Património Oral e Imaterial da Humanidade.
Uma descrição pormenorizada (textos, fotos e vídeos) das seculares e peculiares Festas Nicolinas, assim como a actualidade mais recente, pode ser encontrada em
www.nicolinas.net




Gastronomia
Feira Joanina, em Guimarães, onde se recriam actividades económicas de antanho, como a produção do ainda hoje bem apreciado "bolo" com carne de porco
O facto de Guimarães ter como gérmen as terras de um convento feminino influenciou muito a gastronomia marcante da região, especialmente a nível da doçaria, como nas
tortas de Guimarães e, principalmente, no toucinho do céu. Para além do que é habitual no Minho, como o vinho verde, as papas de sarrabulho, os rojões, etc., confecciona-se também o chamado "bolo" constituído por um tipo de pão (com o formato de uma pizza) servido com carne de porco, sardinhas ou outros acompanhamentos.





Museus, espaços culturais e galerias de arte
A
Sociedade Martins Sarmento é das mais antigas instituições vimaranenses e nacionais que se dedica ao estudo e preservação de vestígios arqueológicos. Tem sobre sua alçada dois museus. O Museu Arqueológico da Sociedade Martins Sarmento situado na sua sede, é conhecido pelas colecções pré e proto-históricas, albergando ainda colecções de numismática, medalhista e epigrafia latina. O Museu da Cultura Castreja, situado na freguesia de São Salvador de Briteiros, perto da Citânia de Briteiros, dedica-se à cultura castreja.
Na cidade o
Museu Alberto Sampaio, dependente do Instituto Português de Museus, situa-se nas antigas instalações do Cabido da Colegiada da Oliveira possuindo um rico acervo, constituído principalmente por peças dos séculos XIV, XV, e XVI e onde pontifica o loudel de D. João I.
Nos antigos paços municipais, o
Museu de Arte Primitiva Moderna versa sobre a pintura geralmente conhecida como Naïf.
O
Museu da Vila de São Torcato é dedicado à vivência da região e seu mosteiro e sua relação com São Torcato.
O
Museu da Agricultura de Fermentões expõe colecções dedicadas às tradicionais práticas agrícolas da região.
O
Museu Paroquial de São Sebastião, inaugurado a 24 de Março de 1984, tem o seu acervo constituído na sua grande maioria por peças de arte sacra.[27]
A Biblioteca Raul Brandão, tem a sua sede na cidade e dispõe ainda bibliotecas anexas nas vilas de Pevidém e Caldas das Taipas[28], oferecendo ainda os serviços de uma biblioteca itenerante a 42 freguesias[29], serviços de leitura ao Estabelecimento Prisional de Guimarães[30], bibliotecas escolares, centros de dia e cafés.
O
Laboratório das Artes foi fundado por estudantes da ESAP.
Centro Cultural Vila Flor
Cineclube de Guimarães
Cybercentro de Guimarães
Galeria Fuga pela Escada
Galeria Gomes Alves










Vimaranenses Ilustres


Os habitantes de Guimarães são chamados de Vimaranenses. Destacamos alguns de importância reconhecida, em várias áreas:
Abel Salazar, médico, professor, investigador, pintor, opositor ao Estado Novo, trabalhou e viveu no Porto
D. Afonso Henriques, primeiro rei de portugal (local de nascimento disputado com Coimbra)
D. Agostinho Barbosa, bispo de Ugento
Alberto Sampaio, historiador
Alfredo Pimenta, escritor e historiador
António Lobo de Carvalho, poeta satírico do século XVIII
Bernardo Pinheiro Correia de Melo, Conde de Arnoso, escritor e membro do grupo dos Vencidos da Vida
Conde de Agrolongo, industrial e filantropo
Elisabete Matos, cantora lírica
Emídio Guerreiro, fundador do PSD
Gil Vicente, dramaturgo e ourives(?), embora a cidade lhe preste homenagem de várias formas, o seu local de nascimento é muito discutível
Domingos Castro, atleta
Dionísio Castro, atleta
Francisco Martins Sarmento, arqueólogo
Joaquim Santos Simões, não tendo nascido em Guimarães, viveu aí desde 1957
José de Guimarães, artista plástico
Paio Galvão, cardeal e mestre de teologia
Papa Dâmaso I, (mito)



"uma cidade com passado presente e futuro"











Guimarães Capital Europeia da Cultura, além da importância do facto em si mesmo, é razão de justificado orgulho para os vimaranenses, e motivo de satisfação para os que não vivendo na nossa Guimarães Capital Europeia da Cultura, além da importância do facto em si mesmo, é razão de justificado orgulho para os vimaranenses, e motivo de satisfação para os que não vivendo na nossa cidade a apreciam e com ela se identificam porque também a aprenderam a conhecer.
Guimarães tem, agora, uma oportunidade de reunir esforços para se (re)afirmar como cidade de património construído, de cultura e de pessoas vivas e actuantes. E, neste último caso, serão com certeza benvindos todos os que puderem efectivamente contribuir para este evento que a todos deve, ainda que de modo diferente, mobilizar.
Neste sentido, cidadãos e instituições locais e nacionais serão indispensáveis para que Guimarães Capital Europeia da Cultura seja um momento marcante e inolvidável na história da cidade.





8 comentários:

Anónimo disse...

leandro adorei este teu blog e gosto de o ver diariamente.
apesar de estar longe guimarães será sempre aminha cidade
parabens pelo teu bom gosto

cristine

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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